Educação online e segurança na internet: o que aprendemos com a pandemia? [Apoio Carvalho Digital]

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De olho nos processos que foram acelerados desde o início do isolamento social, reunimos dados, tendências e pontos de vista de especialistas para apontar caminhos possíveis no futuro em 6 áreas distintas: consumo, educação online, trabalho, entretenimento, logística, segurança na internet e família. Com ajuda desses números e insights, sua marca ou negócio pode começar a fazer a diferença desde já.

Não se trata mais de uma impressão: a vida de muita gente mudou diante da pandemia. Profundas transformações vieram. Nos relacionamos, trabalhamos, estudamos, consumimos e nos divertimos de um novo jeito, muitas vezes com auxílio da tecnologia. E, na esteira dessa nova forma de viver, a atuação de alguns setores também tem mudado rapidamente. Mas o que muitos se questionam é: quais dessas mudanças vieram para ficar?

Em mais um artigo desta série, falamos sobre educação online e segurança na internet. Reunimos dados e as falas de especialistas que explicam as transformações que cada um desses setores têm enfrentado.

Educação 4.0: estudo online na pandemia

Com escolas fechadas em todo o Brasil, a tecnologia tem sido uma importante aliada da educação. Forçados a incorporar a chamada Educação 4.0, 17% dos brasileiros tiveram sua primeira experiência de estudo online no pós-pandemia.¹

A procura por capacitação e ensino a distância também tem crescido. Uma recente pesquisa sobre o cenário das startups no Brasil revelou que uma das áreas com expressivo número de buscas foi justamente a de softwares educacionais.

Com tanta procura por serviços educacionais a distância e novos auxílios vindos da tecnologia, alunos e professores têm buscado formas de se adaptar à nova realidade, via apps, softwares e também com o YouTube. Na plataforma, os professores gravam aulas, alunos trocam informações com seus colegas e os próprios pais têm buscado dicas para dar aulas para seus filhos. Não à toa, houve um aumento nas buscas pelo termo “aulas” e uma crescente procura por vídeos com o tema Estude Comigo.

Indo além dos dados, há também uma discussão sobre acesso à internet no Brasil. Sabe-se que há um longo caminho até que o ensino a distância se torne uma realidade para a maioria dos brasileiros. Até 2019, menos de ⅓ dos estudantes² tinham condição de estudar em casa, prática que pode ser acelerada com internet gratuita como bem essencial a todos.

Mesmo com uma crescente digitalização do ensino no país, a previsão é de que a internet e suas ferramentas sejam aliadas do espaço físico da sala de aula. Roberto Prado, presidente da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), aponta: “A socialização é a base da educação”. Ele diz que, para aprender, as pessoas precisam compartilhar tempo e também compartilhar o espaço físico com outras pessoas. Por isso, a educação presencial não será substituída tão cedo. Ainda assim, lembra Prado, a sala virtual veio para ficar.

Na esteira da digitalização: priorização da segurança digital

Com a pandemia, o Ministério da Educação (MEC) autorizou o ensino a distância para o ensino básico e fundamental em todo o país — medida antes permitida apenas para o ensino médio e superior.³ E é na esteira dessa digitalização que a segurança online ganha protagonismo.

Hoje, segurança na internet não diz respeito somente à segurança em transações financeiras protegidas. Internet safety também prevê o acompanhamento do que crianças e jovens têm consumido na tela do computador ou do celular. Por isso, segundo Rodrigo Nejm, Diretor de Prevenção e Atendimento da Safernet: “ Internet safety não é mais um assunto secundário; faz parte da nossa rotina virtual”. Tanto que 46% dos brasileiros conectados se disseram mais preocupados com segurança online por conta da pandemia.4 E mais: pesquisa recente mostra que 58% dos brasileiros acreditam que as crianças são o grupo mais exposto aos riscos da internet.5

No campo do internet safety, a discussão sobre segurança e boas práticas ganhou novos contornos com a pandemia. Para 65% dos brasileiros, o tempo de tela e o que você faz online são igualmente importantes.6 Por isso, a discussão não é mais sobre quanto tempo você fica online, mas sobre a qualidade do uso desse tempo.

Tão essenciais quanto o ensino a distância, cuidados com a segurança online podem mediar e contribuir com a experiência do ensino online. É mais um setor cujas transformações foram aceleradas durante a pandemia — e não devem voltar a patamares anteriores.

O que, afinal, deve ficar?

Por mais que essa pergunta não tenha uma resposta 100% objetiva, os dados e as tendências podem ajudar marcas e empresas a olhar o momento atual com mais clareza na hora de fazer a diferença. E embora ainda seja cedo para dimensionar o que será permanente, as mudanças já estão acontecendo e apontam alguns caminhos possíveis para a vida no pós-pandemia.

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