USP, Unicamp e Unesp decidem voltar no 2º semestre só com aulas remotas
Campinas – As Universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Estadual Paulista (Unesp) decidiram que as aulas vão voltar em agosto de maneira remota. E provavelmente todo o segundo semestre será feito também dessa maneira.
Os reitores se dizem preocupados com a contaminação de alunos, professores e funcionários pelo coronavírus. Aulas teóricas estão sendo adiantadas e as práticas poderão ser feitas só em 2021, considerando um quadro de maior controle da pandemia. Juntas, as instituições têm 114.674 alunos na graduação e 64.094 na pós. Cerca de 90% das disciplinas estão sendo dadas remotamente.
O Ministério da Educação (MEC) liberou universidades e institutos federais a substituírem classes presenciais por remotas até o fim do ano. Essas instituições, no entanto, têm enfrentado mais dificuldade em manter atividades online.
Na Unicamp, novas regras durante a pandemia permitem até que professores não precisem dar notas aos estudantes. A Unesp está instalando estúdios em todas as unidades para que aulas sejam gravadas e começou a formar professores e funcionários para usarem ferramentas de educação online. “Não conseguimos ter controle de 90 mil alunos, não dá para instalar catracas como fazem em faculdades menores”, diz o reitor da USP, Vahan Agopyan. “Não podemos deixar nossa comunidade exposta”, disse o reitor.
USP, Unesp e Unicamp têm autonomia e podem tomar decisões independentemente do governo do Estado.