Cultura africana vai ao Bela Vista

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Quinto Festival Comunidade Lúdica

Com grande influência na formação da população brasileira, mas ainda pouco valorizada, a África foi ressaltada em evento comunitário realizado, ontem, no Centro Social Urbano (CSU) do Jardim Bela Vista, em Bauru. O 5.º Festival Comunidade Lúdica, realizado por alunos e professores do curso de Educação Física da Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru, reuniu pessoas de idades variadas.

Quem participou pôde vivenciar um pouco da cultura, lazer, esporte, literatura e culinária africana. Morador do Santa Edwirges, Bruno Alessandro Borges, de 11 anos, por exemplo, passou horas aprendendo a jogar Senet, um jogo de tabuleiro que lembra o Xadrez, mas com símbolos egípcios e que foi muito popular no antigo Egito.

“Achei parecido com Ludo. É diferente e bem legal aprender e imaginar como eram as coisas lá [Egito]”, comentou Alessandro, que acompanhava o pai, a mãe e a irmã no evento.

FILTRO DOS SONHOS

Também moradoras do Santa Edwirges, Maria Aparecida Rosa Monteiro, de 77 anos, e sua filha Rosemeire Aparecida Rosa Monteiro, 42 anos, participavam das oficinas de confecção de filtros de sonhos e mandalas. “Sempre quis aprender a fazer”, comentou a idosa, que ficou sabendo do evento por meio do Centro e Referência em Assistência Social (Cras).

“Bem interessante. Eles também estão oferecendo até comida aqui”, completou Rosemeire.

MÁSCARAS

A oficina de máscaras com desenhos da cultura africana também reuniu curiosos. Rosa Amália de Oliveira, de 54 anos, e sua filha Emanuelle de Oliveira, de 17 anos, confeccionavam uma máscara com sementes secas. “A cultura africana é muito interessante. Com a variedade de sementes, desenharemos o formato do rosto”, explica.

Grande parte dos materiais utilizados nas oficinas, assim como os alimentos, foi fruto de doação. Representantes do movimento da cultura negra em Bauru, como Nina Barbosa, que confecciona turbantes, participaram. A expectativa era de que 300 pessoas passassem por lá.

Aluno da Unesp, Yacco Volpato Munhoz explica que o festival ocorre anualmente e propõe levar lazer às comunidades carentes do município, além de possibilitar a integração entre pessoas e famílias.

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