O diagnóstico de uma doença renal crônica é causa de preocupação imediata para o paciente. Afinal, quando os rins param de funcionar, ela surge imediatamente na vida do paciente renal como uma forma alternativa de filtragem do sangue, substituindo os rins na tarefa de eliminar substâncias tóxicas e o excesso de líquido do organismo. Esse processo substitutivo é diferente e altera a vida do paciente de diversas formas e incentivar atividades prazerosas e exercícios físicos aumenta a autoestima dos renais crônicos, contribuindo para o tratamento como um todo.
Enquanto a equipe médica atua diretamente na compreensão e no tratamento clínico do paciente, avaliando a adesão e resposta ao tratamento, é importante monitorar estímulos para que aquele paciente retome suas atividades de vida diárias, com a família e amigos. Mara Faria, psicóloga do Instituto de Nefrologia – INEB de Bauru, esclarece que “é preciso, antes de qualquer coisa, desmistificar essa ideia de que a diálise, enquanto tratamento diário, é obstáculo para qualquer prática que colabore com o bem-estar do paciente”.
As adaptações e readaptações que surgem em decorrência da doença renal e da diálise vão acontecendo logo nos primeiros dias, se estendendo por semanas ou meses. Para alguns pacientes, esse processo pode ser rápido. Para outros, nem tanto. Essa variação ocorre porque cada corpo reage de um jeito diante da doença. Contudo, uma vez adaptados, os pacientes em diálise estão prontos para retomar uma rotina mais condizente com a que tinham antes, ou até melhores em certos aspectos. A psicóloga enfatiza que “a retomada das atividades diárias, dos hobbies, o retorno ou início de uma atividade física, o planejamento de viagens, são possíveis e benéficos, uma vez que melhoram a autoestima e estimulam o dia a dia do doente renal crônico”.
Portanto, apesar da grande mudança proporcionada por uma doença renal crônica e a diálise, os pacientes podem fazer novos planejamentos a partir deste momento, transformando a adversidade numa oportunidade transformadora. Por fim e não menos importante, Mara reforça que “todas as atividades feitas pelo paciente renal devem ser comunicadas e autorizadas previamente pelos médicos que o acompanham, já que existem restrições clínicas que variam de paciente para paciente”.
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