Complexo que inclui o estádio será administrado por uma concessionária pelos próximos 35 anos. Tobogã será demolido e dará lugar a um prédio para eventos.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), assinou nesta segunda-feira (16) o contrato de concessão do Complexo Esportivo do Pacaembu à iniciativa privada.
Com isso, a concessionária Allegra Pacaembu assume por 35 anos a gestão de uma área que inclui, além do campo de futebol, uma piscina, duas quadras de tênis e um ginásio poliesportivo.
Veja dez questões sobre a concessão do Pacaembu:
1) Qual é o valor de contrato da concessão?
A concessionária Allegra Pacaembu pagou US$ 115 milhões à Prefeitura para poder administrar o Pacaembu pelos próximos 35 anos. Foram depositados R$ 79,2 milhões pela outorga do complexo, e o restante será pago ao longo do tempo de contrato. A empresa promete ainda investir cerca de R$ 300 milhões neste período.
2) O que está incluído na concessão?
- estádio de futebol;
- piscina olímpica aquecida, com arquibancada para 2,5 mil pessoas;
- ginásio poliesportivo coberto com capacidade 2.500 espectadores;
- ginásio de tênis com piso de saibro e capacidade para 800 pessoas;
- quadra externa de tênis com arquibancada para 1,5 mil pessoas;
- quadra poliesportiva externa com iluminação;
- três pistas de cooper, com 500, 600 e 860 metros;
- duas salas de ginástica;
- e um posto médico.
3) Quando começarão as obras de modernização?
As obras devem começar 60 dias depois do recebimento da ordem de serviço por parte da Prefeitura. Além disso, serão necessários alvarás e licença de funcionamento. A concessionária prevê iniciar as obras somente no início de 2020.
4) O tobogã será demolido?
Sim. O projeto da empresa que venceu a concessão prevê a demolição do tobogã para criação de um prédio de escritórios. No lugar, será erguido um prédio com cinco andares e quatro subsolos, totalizando 44 mil m² de área construída.
O edifício deve reunir cafés, restaurantes, escritórios, estacionamento e uma praça que vai ligar as ruas Itápolis e Desembargador Paulo Passaláqua.
5) Como ficam o Museu do Futebol e Praça Charles Miller?
O Museu do Futebol e Praça Charles Miller não fazem parte da concessão e continuarão sendo usados como no modelo atual.
6) O público poderá usar as piscinas e quadras do Pacaembu?
Sim. A concessão prevê que o uso das piscinas e quadras para quem tem a carteirinha de usuário do complexo esportivo permanecerá como é atualmente.
Além disso, a Secretaria Municipal de Esportes terá cinco horas por semana para usar o equipamento para dar aulas ou promover torneios.
7) Haverá alguma mudança no campo de futebol?
A concessionária quer retirar o alambrado do Pacaembu. Para isso, estuda a possibilidade de afundar ou elevar o campo de futebol.
8) A capacidade do estádio vai mudar?
Sim. Com a demolição do tobogã, a capacidade deve diminuir de 32 mil para 26 mil pessoas.
9) Os clubes paulistas vão poder jogar no Pacaembu?
O Santos Futebol Clube já demonstrou interesse em ter exclusividade no uso do estádio. Com isso, os demais times precisariam da autorização do Santos para jogar no Pacaembu. Mas isso ainda está sendo discutido entre o clube e a concessionária.
10 ) O Pacaembu vai voltar a receber grandes shows?
A intenção da concessionária é fazer pequenos shows, para um público de 5 mil a 8 mil pessoas, no prédio que será construído no lugar do tobogã. A ideia é não realizar shows no gramado.
A empresa entende que a Zona Oeste da cidade já tem uma opção de arena para shows (o estádio Allianz Parque, do Palmeiras), mas não conta com uma casa de espetáculos como a que pretende construir dentro do prédio novo.