Jaú é a menos violenta do Brasil

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Jaú – A cidade de Jaú (47 quilômetros de Bauru) foi elencada como a cidade menos violenta de todo o Brasil pelo “Atlas da Violência 2019 Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros”.

Lançado nesta quinta-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estudo considera as taxas de homicídios em 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Botucatu (100 quilômetros de Bauru), que até o ano passado figurava entre as dez cidades menos violentas, de acordo com a mesma análise, caiu para o 34.º lugar. Bauru, que já chegou a ser o 16.º da lista ocupa, hoje, a 38.ª colocação (leia mais abaixo).

Os comandos da polícias Civil e Militar em Jaú comemoraram os dados e atribuem o índice a uma proximidade maior no relacionamento entre as corporações. A capacitação diferenciada da PM, que incentiva operações pontuais em locais de risco também é elencada.

Os dados analisados são de 2017, quando Jaú teve quatro mortes no ano todo.

O RANKING

No ranking dos dez municípios menos violentos, todos são paulistas. Jaú é seguida por Indaiatuba e Valinhos.

Já entre os mais violentos estão Maracanaú (Ceará), Altamira (Pará) e São Gonçalo do Amarante (Rio Grande do Norte).

A pesquisa considera mortes violentas intencionais, tomando como referência o município de residência da vítima.

Ligado ao Ministério da Economia, o Ipea diz que “os indicadores de desenvolvimento humano nas cidades menos violentas são parecidos com os de países europeus desenvolvidos. Enquanto que, nos mais violentos, o perfil socioeconômico remete aos países latino-americanos ou africanos: as pessoas, em geral, não têm acesso à educação, desenvolvimento infantil e mercado de trabalho”.

ANÁLISE

O comandante do 27.º Batalhão da PM tenente-coronel Fabiano Serpa diz que Jaú possui um planejamento operacional diferenciado de outras cidades, com cursos de capacitação que incluem ações policiais em locais de risco e nos horários em que há mais probabilidade de delitos.

“Toda essa nossa movimentação evita crimes”, cita Serpa. “A parceria grande entre as polícias também é algo que facilita a identificação e prisão em menor tempo”, acrescenta o tenente-coronel.

Delegado Seccional de Jaú, Ricardo Dias também considera o maior diálogo entre as polícias Civil, Militar e Técnico-científica como fator que impacta positivamente na cidade. “Nosso índice de esclarecimento de homicídios é alto”, pontua.

“Mas é evidente que outras variáveis devem ser consideradas. Não dá para dormir com janela e porta aberta em Jaú contando que nada irá acontecer, este é um índice a ser comemorado, mas que não pode nos deixar confortáveis”, finaliza o delegado.

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