‘Réu não possui estereótipo padrão de bandido’, diz juíza em condenação por latrocínio

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RIO – “O réu não possui o estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos e cabelos claros, não estando sujeito a ser facilmente confundido”. A afirmação é da juíza Lissandra Reis Ceccon, da 5ª Vara Criminal de Campinas, na sentença na qual condenou Klayner Renan Sousa Masferrer a 30 anos de prisão por latrocínio. A magistrada mencionou a cor da pele, olhos e cabelos claros do acusado ao argumentar que ele foi reconhecido por testemunhas. A decisão é de julho de 2016, mas ganhou repercussão nos últimos dias nas redes sociais.

O pedido de condenação partiu do Ministério Público de São Paulo. Em 2013, Masferrer matou Romário de Freitas Borges, após tentar roubar seu carro quando estacionava o veículo, em Campinas. Masferrer disparou na cabeça e no abdômen de Romário, concluiu a investigação. O neto de Romário, Arthur Borges, também ficou ferido.

No texto, a magistrada relata que uma das testemunhas afirmou que o assaltante “era alto, magro, usava boné e possuía cabelos louros” e fez o reconhecimento na delegacia, após analisar fotos.

De acordo com a sentença, o delegado entrou no Facebook e viu uma foto do réu com o mesmo boné. Após a prisão, a testemunha fez o reconhecimento “sem apresentar qualquer dúvida”. É nesta parte do parecer que a juíza faz as observações sobre Masferrer não se encaixar no “estereótipo padrão de bandido”.

EM DECISÃO, JUÍZA DIZ QUE ACUSADO DE LATROCÍNIO
NÃO TEM ‘ESTEREÓTIPO PADRÃO DE BANDIDO’

Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) informou que não cabe ao órgão se posicionar em relação aos fundamentos utilizados pela magistrada na decisão, quaisquer que sejam eles. “A própria Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman), em seu artigo 36, veda a manifestação do TJSP e da magistrada. Cabem aos que, eventualmente, sintam-se prejudicados procurar os meios adequados para a solução da questão. A Corregedoria Geral da Justiça do TJSP está sempre atenta às orientações necessárias aos juízes de 1ª instância, sem contudo interferir na autonomia, independência ou liberdade de julgar dos magistrados”, diz a nota.

Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade/reu-nao-possui-estereotipo-padrao-de-bandido-diz-juiza-em-condenacao-por-latrocinio-23492053?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo

3 COMMENTS

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