Lance mínimo do Mondelli é R$ 270 milhões

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Materia especial no Mondelli 10/11/2015

O leilão do Frigorífico Mondelli ocorrerá no mês que vem, com o prazo máximo de entrega dos envelopes com a proposta até o dia 10 de dezembro. A empresa que fizer a compra ainda terá 24 horas para o pagamento do valor integral ou de, pelo menos, 25% em caso de parcelamento. O leilão é esperado pelos funcionários, que acompanham o processo e esperam uma conclusão positiva à manutenção dos empregos.

O valor do lance mínimo é de R$ 270 milhões. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bauru e Região, Antonio Carlos de Oliveira Matheus, o Pardal, diz que a avaliação feita por duas empresas contratadas pela Justiça antes da publicação do edital mostra que a unidade custa R$ 195 milhões e mais R$ 75 milhões em ativos e matéria-prima, o que leva ao valor.

Ainda de acordo com a entidade, há preocupação com o futuro da empresa, mas, ao mesmo tempo, acredita-se na venda da planta, uma vez que já há o interesse de alguns investidores. “Desde a confirmação do leilão, já recebemos o contato de cinco pessoas ligadas a possíveis interessados para conhecer mais sobre a empresa. Acredito que a venda pode acontecer. A unidade aqui é boa, o gestor que estava fez uma reforma ampla e quem comprar vai ter uma fábrica bem estruturada e com pouca despesa de manutenção nos primeiros anos. Mas, a gente sempre acompanha com preocupação, é uma empresa importante na geração de empregos em nossa área na região”, frisa.

600 FUNCIONÁRIOS

O Mondelli possui cerca de 600 funcionários e há uma apreensão com o futuro da empresa. “O sindicato tem algumas limitações. Muito foi comentado de obrigar o comprador a dar uma estabilidade aos trabalhadores, mas isso não está em nenhuma lei, não é algo possível. O que a gente acompanha é o pagamento dos direitos trabalhistas em casos de desligamento, para poder homologar o que for certo. O futuro da empresa vai depender bastante de quem comprar, de como será o investimento. É uma fábrica com potencial de crescer a produção e gerar mais empregos, porém, isso dependerá de como o comprador vai administrar e investir nos primeiros meses”, afirma Pardal.

GESTOR

No final de outubro, a juíza Rossana Teresa Curioni Mergulhão, da 1.ª Vara Cível de Bauru, determinou a saída da gestora Hapi Comércio Alimentício Ltda e nomeou como gestor Alexandre José Mazzuco, autorizando a contratação do gerente industrial José Antonio Marques.

Na decisão, é citado que, “pelo que consta, a relação entre a Gestora e a Administradora acabou se tornando conflitante, pois, segundo os fatos trazidos pela Administradora Judicial, aquela estaria agindo, tentando usurpar de funções próprias e típicas da Administradora, além de outras irregularidades como pagamento de férias e adicional constitucional a uma pessoa jurídica, contabilização de incorporações ao imobilizado como se despesas fossem e outras, insistência na contratação de terceira avaliação do ativo, além de permitir que o advogado contratado e pago pela Massa comparecesse à reunião para criticar e denegrir a imagem da Administradora Judicial”, coloca a Justiça.

A Hapi publicou uma carta em que agradeceu a cidade pelos anos em que esteve no comando da fábrica.

Vereador pede ‘conclusão favorável’

O vereador Markinho Souza (PP) acompanha o assunto desde o começo e pede que o leilão tenha um final positivo aos trabalhadores da fábrica, com a manutenção dos empregos e o pagamento de passivos. Na sessão da Câmara da semana passada, ele voltou a falar sobre o tema. Durante os últimos dias, alguns trabalhadores foram desligados da empresa, de acordo com informações levadas pelo parlamentar, que ainda mostrou preocupação com a troca do gestor pouco antes da realização do processo de venda. “A negociação deve ser feita de maneira que permita a manutenção dos empregos e, mais adiante, o crescimento da empresa e com mais pessoas. A cidade não pode, de maneira alguma, perder mais uma empresa desse porte, em meio ao momento em que o País atravessa atualmente”, lembrou.

Fonte: https://m.jcnet.com.br/Economia/2018/11/lance-minimo-do-mondelli-e-270-milhoes.html?utm_source=Whatsapp&utm_medium=referral&utm_campaign=Share-Whatsapp

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