O candidato a deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB) concorre pela segunda vez ao cargo. A primeira foi em 2006, quando era vereador em Bauru. Depois, foi eleito prefeito em 2008, e reeleito em 2012, quando obteve 150 mil votos no primeiro turno e amealhou nada menos do que 82% dos votos válidos naquela eleição, recorde da história da cidade. Rodrigo pretende discutir grandes temas nacionais na Câmara dos Deputados, como as reformas política e da previdência, o combate à corrupção, e também assuntos locais, buscando devolver a representatividade da região.
O que levou o senhor a ser candidato?
Eu tenho motivos antigos e recentes. Me recordo quando era criança e minha mãe colocou para assistir a votação da nova Constituição, em 1988, eu com dez anos de idade e ela tentando me mostrar o que era aquilo. Ficou muito na minha cabeça. Depois fiz escolhas na vida, como defender o meio ambiente, e optei pela área do direito. Ajudei a construir leis federais na área ambiental, mesmo sem ser deputado federal, procurei participar dessa discussão. Como vereador aprovei mais de 50 projetos de lei, e como prefeito consegui fazer muita coisa, construir escola, unidade de saúde, avenida. E agora tem a questão do momento, o Brasil passa por uma crise institucional, política e econômica, e precisamos de um Congresso antenado no combate à corrupção, no fortalecimento da democracia e nas reformas que precisam ser feitas, com discussão com a sociedade. O País precisa gerar empregos, crescer a economia e combater privilégios nos três poderes.
Quais serão suas principais áreas de atuação no País caso seja eleito deputado?
O Congresso terá que trabalhar pela real necessidade do País, e não apenas quando há pressão da sociedade. Andando pela cidade nesta campanha eu vejo uma geração inteira de jovens sem perspectiva, empinando pipa, entrando nas drogas. Estou disposto a fazer esse enfrentamento. O Brasil precisará de muito diálogo, e me assusta o discurso da brutalidade, da violência. As pessoas devem voltar a conversar e o Parlamento vai ter um papel decisivo. O Estado precisa ser mais ágil, mudar leis, hoje tudo é demorado, para comprar medicamentos, material escolar, obras, tudo é lento, e o Congresso não enfrenta isso. Estou disposto a lutar para mudar, e atuar no combate à corrupção. A impunidade é um problema nesse aspecto, a lei tem que valer para todas as pessoas.
O senhor defende as reformas tributária, trabalhista e da previdência?
O principal será manter um diálogo com a sociedade. Eu incluiria ainda a necessidade de outras duas reformas, a administrativa e a política, para tornar o Estado mais ágil e eficiente. Além disso, as eleições precisam ser mais limpas, estamos em uma das eleições mais importantes e ao mesmo tempo uma das mais confusas. E para avançar com reformas, só com muito diálogo. O governo precisará abrir a discussão com a sociedade, e o Congresso não poderá votar a toque de caixa. Não dá para fazer uma reforma da previdência privilegiando alguns grupos. E priorizar os combates a privilégios, fazendo um debate com transparência, sem acabar com direitos conquistados pelo trabalhador.
Na região de Bauru, quais são as prioridades?
Eu sempre fui muito crítico a esta fórmula do País, em que deputados e senadores levam os benefícios para as regiões. Mas isso acontece. Eu fui prefeito durante oito anos, e tinha ministro que só atendia prefeito acompanhado de um deputado, algo que eu não concordo. A gente precisa ter deputados de Bauru e região para fazer um fortalecimento político e institucional, perdemos muita força. Agora estamos perdendo um deputado estadual atuante, que é o Pedro Tobias, e corremos o risco de não eleger ninguém. Precisamos muito de nomes da cidade e região, e temos boas opções, vou lutar para ser o deputado federal da região e torço para que sejam eleitos deputados estaduais. Tenho ainda causas como o Aeroporto Moussa Tobias, para que seja efetivamente um ponto de distribuição de mercadorias para o País, e ainda que o governo olhe com carinho para a ferrovia e hidrovia, pois a logística é um ponto forte da região. Por fim, fomentar a integração regional, porque as cidades não são isoladas e dependem umas das outras.
Perfil
Nome completo: Rodrigo Antonio de Agostinho Mendonça Nome na urna: Rodrigo Agostinho Número: 4015 Idade: 40 anos Naturalidade: Cafelândia/SP Profissão: Advogado Partido: PSB Eleições anteriores disputadas: Prefeito, vereador e deputado federal Cargos eletivos já ocupados: Prefeito e vereador em Bauru Quem apoia Presidente: Em aberto Governador: Márcio França (PSB) |
Fonte: https://www.jcnet.com.br/Politica/2018/09/rodrigo-prioriza-regiao-e-assuntos-nacionais.html