Cerca de 11 mil moradores da região sul de Bauru podem ficar sem água nesta quarta-feira (27). A queima da bomba submersa do Poço Nações Unidas II, na quadra 1 da rua Henrique Savi, na Vila Universitária, foi detectada na última segunda-feira (25), por técnicos do Departamento de Água e Esgoto (DAE), que iniciaram a substituição do equipamento nessa terça (26). Contudo, o serviço só deve ser concluído no começo da tarde de hoje, informa a assessoria de comunicação da autarquia.
Para minimizar o problema, o DAE acionou algumas interligações com unidades de produção próximas. Ainda assim, os bairros Vila Universitária, Jardim Planalto, Jardim Infante Dom Henrique e Jardim Contorno podem sofrer desabastecimento. A autarquia pede que a população da região afetada economize água, pois o restabelecimento completo só deve ocorrer a partir da tarde de hoje.
REINCIDÊNCIA
O Poço Nações II foi inaugurado em 2013, como contrapartida de empreendimentos residenciais privados nesta região da cidade, e possui uma vazão 190 mil litros por segundo, abastecendo um público aproximado de 11 mil pessoas.
Em 2016, o DAE registrou duas queimas da bomba deste poço, em setembro e novembro. A vida útil de uma bomba é estimada em três anos, comenta o presidente do DAE, Eric Fabris, em entrevista ao JC.
“Temos bombas reservas que são colocadas assim que há algum dano, é o caso desse poço. Uma bomba reserva está sendo colocada e deve entrar em operação nesta quarta-feira. Ela fica em definitivo e a bomba que queimou vai para manutenção. Quando ficar pronta, passa a ser reserva”, explica.
OUTROS PROBLEMAS
O DAE também teve outros dois problemas em locais distintos, nessa terça-feira (26), mas que foram resolvidos em menos tempo. Um deles foi no Poço da Praça da Bíblia, no Jardim Bela Vista, que chegou a ter a produção suspensa por conta de picos de energia, mas não houve queima ou dano no equipamento. E uma adutora se rompeu na quadra 4 da rua Galvão de Castro, no Jardim Cruzeiro do Sul.
“Nesses dois casos, não tivemos problemas maiores. No caso do Poço da Praça da Bíblia, não houve queima de equipamento, então, o restabelecimento foi rápido. E na adutora, o conserto também foi concluído em pouco tempo. Com isso, não tivemos muitas reclamações de falta de água naquela região”, menciona Fabris.
A cada 45 dias, uma bomba tem problema
Neste ano, o DAE registrou um problema em poços profundos a cada 45 dias. De janeiro até ontem, foram pelo menos oito casos envolvendo queimas de bombas, válvulas e problemas mecânicos. Isso sem contar os casos de vandalismo, que também paralisaram a produção de poços como o Vargem Limpa e o Beija-Flor em vários dias de 2017. Nestas situações, a autarquia espera resolver futuramente com a instalação de câmeras ou telemetria, porém, depende de recursos financeiros. Já em relação aos casos de queimas de bombas, a maior parte é provocada pela oscilação do fornecimento de energia elétrica, o que se agrava em épocas de chuvas fortes, pois os raios podem queimar equipamentos. Nos dias de temporais, também há mais picos de energia, o que contribui para danificar as bombas. Em janeiro deste ano, ou seja, no período chuvoso, três poços tiveram bombas queimadas: Samambaia, Jardim América/Aeroporto e Jardim Redentor. Também foram registradas bombas queimadas nos poços Villaggio III e Roosevelt, ambas em junho, e problema mecânico no poço do Caic, no Nova Esperança, em julho. No mesmo mês, o poço do Beija-Flor teve problemas na válvula, e teve que interromper a produção. O caso mais recente de problemas em bombas é o de ontem, no poço Nações II, na Vila Universitária. |